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Produção industrial da China aumenta em maio mas consumidores continuam cautelosos

Homem é visto em fábrica de processamento de bambus em Longyou, na China - Por Gabriel Crossley e Kevin Yao
Homem é visto em fábrica de processamento de bambus em Longyou, na China Imagem: Por Gabriel Crossley e Kevin Yao

Por Gabriel Crossley e Kevin Yao

15/06/2020 07h33

Por Gabriel Crossley e Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) - As fábricas da China aceleraram a produção pelo segundo mês seguido em maio, uma vez que o país retoma as atividades após a pandemia de coronavírus, embora o ganho mais fraco do que o esperado sugira que a recuperação permanece frágil.

Os dados divulgados nesta segunda-feira também mostraram contrações sustentadas nas vendas no varejo e no investimento, um sinal de que muitos setores ainda enfrentam os efeitos das paralisações em toda a economia.

"A produção industrial está no geral melhorando, mas ainda há algumas dificuldades e incertezas", disse Jiang Yuan, autoridade da Agência Nacional de Estatísticas em comunicado.

O crescimento da produção industrial acelerou a 4,4% em maio na comparação com o um ano antes, leitura mais alta desde dezembro, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira.

Analistas consultados pela Reuters esperavam aumento de 5,0% após alta de 3,9% em abril, primeira expansão desde que o vírus surgiu na China no final do ano passado.

Mas a queda nas encomendas de exportação em meio às paralisações globais deixou as fábricas mais dependentes da demanda doméstica, que se recupera a um ritmo mais lento.

As vendas no varejo caíram pelo quarto mês seguido. Embora a queda de 2,8% tenha sido mais fraca do que as perdas de 7,5% em abril, foi maior do que o recuo de 2,0% estimado por analistas. Fortes perdas de empregos e temores de uma segunda onda de infecções mantiveram os consumidores cautelosos.

O investimento em ativo fixo caiu 6,3% entre janeiro e março na comparação com o mesmo período do ano anterior, contra expectativa de queda de 5,9% e recuo de 10,3% nos quatro primeiros meses do ano.

O investimento em ativo fixo do setor privado, que responde por 60% do investimento total, recuou 9,6% entre janeiro e maio, contra queda de 13,3% nos quatro primeiros meses do ano.