Painel da Opep+ não faz recomendações sobre cortes de oferta, dizem fontes
DUBAI (Reuters) - Especialistas técnicos da Opep+ não fizeram recomendações sobre uma nova extensão aos cortes recordes de produção de petróleo em um painel nesta quarta-feira, decidindo focar na adesão de países que se atrasaram para cumprir o pacto do grupo, disseram fontes da Opep+.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, possuem acordo para cortes recordes de bombeamento em vigor desde 1º de maio, elaborado para dar apoio aos preços da commodity e à demanda, fortemente afetada pela crise do coronavírus.
O grupo promoverá uma reunião ministerial na quinta-feira. Os encontros desta semana são parte de um esforço da Opep+ para revisar o impacto da redução de produção e ouvir as propostas de países que ainda não entregaram totalmente suas parcelas nos cortes, como o Iraque, sobre como pretendem cumprir o acordo.
"Está caminhando bem", disse uma fonte sobre a reunião desta quarta-feira, que está sendo realizada de maneira virtual.
Iraque e Cazaquistão devem apresentar seus planos para cortes de oferta e de compensação pelo excesso de produção em um painel do comitê ministerial da Opep+, conhecido como JMMC, na quinta-feira, segundo uma das fontes.
A adesão aos cortes de produção da Opep+ em maio foi de 87%, afirmaram duas fontes nesta quarta-feira.
O pacto de oferta da Opep+ envolvia uma redução de bombeamento de 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho. No dia 6 de junho, o grupo concordou em prorrogá-lo por mais um mês, uma decisão que a Opep disse nesta quarta ter sido bem recebida pelo mercado.
(Reportagem de Rania El Gamal e Alex Lawler)
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