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Dados de siderurgia em maio indicam cenário menos negativo que o esperado, diz IABr

18/06/2020 18h23

SÃO PAULO (Reuters) - Apesar de operar com apenas 51% de sua capacidade instalada, o setor siderúrgico brasileiro mostrou em maio um cenário menos pessimista que o previsto, afirmou nesta quinta-feira o presidente-executivo da entidade que representa os produtores de aço do país, IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

A produção de aço em maio caiu 22,6% sobre um ano antes, para 2,188 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno recuaram 23,2%, para 1,196 milhão de toneladas.

"Estes dados indicam um cenário menos negativo do que o esperado, a produção aumentou 20,8% e as vendas internas subiram 22,6% na comparação com abril", disse o executivo em mensagem gravada acompanhando os números. Segundo o IABr, o consumo aparente de aço no Brasil cresceu 19,7% no mês passado sobre o anterior e as exportações tiveram alta de 6,5%.

No acumulado de janeiro a maio, a produção brasileira de aço teve queda de cerca de 16%, para 12,14 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno tiveram recuo de 12,3%, a 6,62 milhões de toneladas. O consumo somou 7,575 milhões de toneladas, queda de 12,6% sobre o mesmo período de 2019.

Pouco após o início das medidas de quarentena no país, em meados de março, o IABr havia estimado que o consumo de aço no segundo trimestre poderia cair 40% sobre os três primeiros meses do ano, mas os dados sinalizam para um recuo de cerca de 27%, se junho mantiver a média de consumo do segundo trimestre.

Em abril e boa parte de maio, um dos principais setores consumidores de aço no Brasil, o automotivo, estava paralisado diante das medidas de quarentena adotadas por vários Estados do país. As montadoras começaram a retomar a produção a partir do final do mês passado.

O IABr também divulgou um índice de confiança do setor siderúrgico. Segundo a entidade, o índice Icia subiu de 26,9% em maio para 46,9% em junho, se aproximando do limite que divide a confiança e a falta de confiança. Em abril, o índice chegou a afundar para 16,3%, após 37,4% em março e 70,2% em fevereiro.

(Por Alberto Alerigi Jr.)