PGR investiga financiamento de canais de redes sociais que transmitem atos contra STF e Congresso
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga o financiamento e o lucro de canais de redes sociais pró-governo que divulgam protestos pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional no inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos, disse uma fonte com conhecimento das apurações à Reuters esta segunda-feira.
Outra frente de apuração, conforme a fonte, analisa se parlamentares usaram recursos da cota de gabinete --verba reservada para divulgação de atividades do mandato-- para financiar empresas que divulgaram os atos pelas redes sociais.
Essas duas frentes de investigação constam do inquérito e foram reveladas em reportagem desta segunda pelo jornal O Globo e confirmadas pela Reuters com a fonte.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, relator desse inquérito no Supremo, aceitou pedido da PGR e determinou a quebra de sigilo de parlamentares para investigar as suspeitas.
A Procuradoria quer se aprofundar nas investigações e averiguar se há mesmo vinculação direta entre 10 deputados e um senador com a organização e financiamento desses atos.
Parlamentares bolsonaristas alegam haver perseguição contra aliados de Jair Bolsonaro. O próprio presidente já compareceu a alguns desses atos, que costumam ter faixas pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do STF.
(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)
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