Petrobras tem vendas de diesel maiores que as vistas antes de impacto da Covid-19
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras registrou vendas de 764 mil metros cúbicos de diesel na semana de 14 a 20 de junho, versus 718 mil metros cúbicos na semana anterior e 757 mil metros cúbicos entre 15 e 21 de março, período que antecedeu uma queda brusca na demanda em função das medidas de enfrentamento do coronavírus, de acordo com apresentação em videoconferência nesta segunda-feira.
Na semana de 22 a 28 de março, as comercializações semanais do combustível mais vendido pela Petrobras caíram para 455 mil metros cúbicos, ficando abaixo de 600 mil metros cúbicos por semana até o final de abril.
Depois, avançaram para um pico de 879 mil metros cúbicos entre 3 e 9 de maio. Desde então, ficaram abaixo de 700 mil metros cúbicos apenas na semana de 24 a 30 de maio.
Já as vendas de gasolina da Petrobras somaram 341 mil metros cúbicos na semana de 14 a 20 de junho, versus 336 mil metros cúbicos na semana anterior e 354 mil metros cúbicos entre 15 e 21 de março, antes dos principais impactos da pandemia, segundo dados apresentados pelo gerente-executivo de Comercialização da estatal, Claudio Mastella, durante conferência promovida pela FGV Energia.
Desde que o mercado de combustíveis sofre com as medidas de isolamento social para controle do coronavírus, a Petrobras registrou um pico de venda de gasolina de 459 mil metros cúbicos na semana de 10 a 16 de maio, com uma mínima de 146 mil metros cúbicos entre 22 e 28 de março.
"Diria que passamos pelo pior da crise com uma competência bastante louvável... Brincava que estávamos descendo uma ladeira no escuro... E aos poucos o mercado foi clareando", afirmou Mastella, durante a conferência.
Ele destacou ainda que a empresa está operando com taxas de utilização das refinarias bastante próximas ou até superiores ao período pré-pandemia, confirmando dados publicados nesta segunda-feira pelo Ministério de Minas e Energia.
(Por Roberto Samora)
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