Ministério da Economia no RJ orça carro blindado de R$180 mil para deslocamentos de Guedes
A Superintendência Regional de Administração do Ministério da Economia no Rio de Janeiro pediu orientação interna para a compra de um veículo Corolla blindado modelo XEI 2020/2021, orçado no valor de R$ 179.900,00, para os deslocamentos do ministro Paulo Guedes "durante suas estadas semanais" na capital fluminense.
A solicitação foi feita à Secretaria de Gestão do ministério em documento do final de junho, visto pela Reuters.
O documento, que foi encaminhado à Secretaria de Gestão da pasta para avaliação, informa que o único veículo com blindagem disponível na superintendência já não possui mais a proteção necessária por ação do tempo, o que colocaria a segurança do ministro em risco.
Antes da pandemia de coronavírus, Guedes rotineiramente voava de Brasília ao Rio de Janeiro nas tardes de quinta-feira, retornando à capital federal no início das segundas. Com isso, sua agenda de trabalho na sexta-feira era cumprida com regularidade no Rio.
No fim de março, contudo, o presidente Jair Bolsonaro informou que Guedes passaria a morar na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.
O próprio Guedes admitiu em falas públicas que estava com dificuldades para seguir no hotel onde vinha se hospedando até então em Brasília devido às restrições que começaram a surgir por conta do surto de covid-19.
Questionado se o processo indicava que o ministro retomaria as viagens semanais ao Rio de Janeiro, o Ministério da Economia não respondeu. Uma fonte da pasta afirmou, em condição de anonimato, que não há previsão para o ministro retomar a rotina anterior.
Já quanto à compra do carro, o ministério disse que, no momento, não existe processo formal instruído para a troca do veículo oficial no Rio de Janeiro. Segundo a pasta, a consulta da superintendência foi sobre a possibilidade de aquisição de um novo veículo, considerando o estado atual do carro.
"O Ministério está estudando a melhor forma de atender a demanda (compra ou reblindagem) e ainda não autorizou a realização de nenhum procedimento", acrescentou.
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