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S&P 500 e Nasdaq encerram em queda após recuo acentuado de gigantes tecnológicas

13/07/2020 17h14

Por Noel Randewich

(Reuters) - O S&P 500 e o Nasdaq encerraram em baixa nesta segunda-feira, derrubados por Amazon, Microsoft e outros nomes expressivos que vinham liderando o recente rali de Wall Street.

O S&P 500 recuou após alcançar brevemente seu maior nível desde 25 de fevereiro. O índice recuperou-se mais de 40% desde meados de março, mesmo quando as infecções pela Covid-19 aumentaram rapidamente no Arizona, Califórnia e Texas e em cerca de 35 outros Estados.

As ações que tiveram desempenho superior nos últimos meses, incluindo Amazon, Microsoft, Nvidia e Facebook, encerraram em queda superior a 2% depois de avançarem no início do dia.

"O rali foi liderado por vários nomes. Você teve manchetes sobre Covid, demissões a economia. Finalmente afetou esses nomes em que todos têm se escondido", disse Michael O'Rourke, estrategista-chefe de mercado da JonesTrading em Stamford, Connecticut.

A Tesla recuou 3,1% depois de avançar 16% no início da sessão. As ações da montadora de carros elétricos tiveram intenso rali nas últimas duas semanas, com investidores apostando que a empresa poderia divulgar um lucro trimestral e potencialmente ingressar no S&P 500.

As ações da empresa alemã de biotecnologia BioNTech saltaram mais de 10% e as ações da Pfizer Inc avançaram 4%, com duas de suas vacinas experimentais contra o coronavírus recebendo a designação "fast track" pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (FDA, na sigla em inglês)

Os investidores estão se preparando para o que poderá ser a mais acentuada queda dos lucros trimestrais das empresas do S&P 500 desde a crise financeira, segundo dados do IBES Refinitiv. Os resultados dos grandes bancos estarão em foco nesta semana.

O índice Dow Jones avançou 0,04%, encerrando aos 26.085,8 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,94%, aos 3.155,22 pontos. O Nasdaq recuou 2,13%, aos 10.390,84 pontos. O índice de tecnologia do S&P 500 recuou 2,12%, liderando as perdas entre os setores.

Dados econômicos recentes reforçaram a crença de que a economia dos EUA, impulsionada por estímulos, está a caminho da recuperação, auxiliando os investidores a minimizarem um pico recente de infecções nos EUA.

(Reportagem adicional de Medha Singh e Devik Jain em Bengaluru)