Empresas dos EUA veem aumento na atividade, mas cenário ainda pesa, mostra Livro Bege do Fed
As empresas norte-americanas viram aumento na atividade no início de julho, à medida que os Estados reduziram as restrições que visavam conter a nova pandemia de coronavírus, mostrou um relatório do Federal Reserve hoje, mas muitas companhias estavam incertas sobre as perspectivas econômicas.
O quadro misto mostrado pela mais recente coleta pelo BC dos EUA de avaliações de empresas diz respeito a dados econômicos, desde a taxa de desemprego até a atividade fabril, que melhoraram desde que as quarentenas foram flexibilizadas em muitas partes do país no final de maio. Contudo, os indicadores podem em breve começar a patinar, conforme casos do novo coronavírus disparam novamente.
"A atividade econômica acelerou em quase todos os distritos, mas permaneceu bem abaixo de onde estava antes da pandemia do covid-19", afirmou o Fed em seu relatório. "As perspectivas permaneceram altamente incertas, pois os contatos (as empresas) debatem por quanto tempo a pandemia de covid-19 continuará e a magnitude de suas implicações econômicas."
A pesquisa do Fed, conhecida como "Livro Bege", foi realizada em seus 12 distritos entre o final de maio e 6 de julho.
Economistas projetam que a economia dos EUA tenha sofrido no segundo trimestre a maior contração desde a Grande Depressão, e as esperanças iniciais de uma rápida recuperação econômica têm se diluído à medida que os Estados Unidos continuam em dificuldades para conter o vírus quase cinco meses após o primeiro caso constatado em solo norte-americano.
Autoridades do Fed alertaram ontem para uma "névoa espessa" sobre a economia à frente, à medida que continuavam a redefinir expectativas quanto ao ritmo da recuperação, em meio a temores de que uma segunda onda de casos possa causar o aumento do desemprego.
O ressurgimento de novas infecções, especialmente nas populosas regiões sul e oeste, levou algumas autoridades nessas regiões a fechar negócios novamente ou interromper a reabertura.
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