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Ações europeias caem, mas se afastam de mínimas antes de cúpula da UE

16/07/2020 13h37

Por Sruthi Shankar e Susan Mathew

(Reuters) - As ações europeias encerraram em queda, mas a alguma distância das mínimas da sessão desta quinta-feira, com investidores na expectativa por uma aguardada reunião para debater um fundo de recuperação europeu.

Mais cedo, os mercados no continente haviam caído mais, afastando-se de máximas em um mês, sob pressão de fracos balanços corporativos e crescente número de casos de Covid-19.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve sua política monetária nesta quinta. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o banco espera que um ainda pendente programa de estímulos da União Europeia (UE) favoreça subsídios em vez de empréstimos, como esperado por investidores. O banco espera usar totalmente seu enorme pacote de estímulos contra a pandemia para ajudar a zona do euro a seguir emersa, acrescentou ela.

Os líderes dos 27 países da UE vão se reunir nesta sexta-feira para tentar resolver diferenças sobre o funcionamento do fundo de recuperação de 750 bilhões de euros.

"Como cenário-base, não vemos um acordo sendo alcançado antes desta cúpula da UE", disseram estrategistas do ING. "Esperamos algum progresso em direção a um compromisso, mas ainda é necessário algum tempo para mais negociações."

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,7%, depois de chegar a ceder 1% durante a sessão.

As ações do grupo europeu de artigos de luxo Richemont caíram 4,6%, com as vendas trimestrais caindo quase pela metade. A empresa não deu detalhes sobre operações atuais nem perspectivas.

Os papéis de LVMH e Kering, que também tiram da China grande parte de suas receitas, caíram 1% e 1,3%, respectivamente.

Na ponta de baixo do STOXX 600, Swedish Orphan Biovitrum caiu 8,3%. Os resultados da empresa de biofarmacêutica e biotecnologia ficaram abaixo das expectativas do mercado para o segundo trimestre. Já as ações da Sandvik, maior fabricante mundial de ferramentas para corte de metal, caíram após a companhia sinalizar lenta recuperação na demanda.

Por outro lado, a fabricante alemã de equipamentos de laboratório Sartorius AG saltou 6,3%, depois de melhorar sua previsão para o ano cheio.

(Por Sruthi Shankar em Bengaluru)