HSBC nega notícias de que teria incriminado a chinesa Huawei nos Estados Unidos
PEQUIM (Reuters) - O HSBC negou neste sábado as notícias da mídia chinesa de que "incriminou" a Huawei Technologies e desempenhou um papel na prisão da diretora financeira (CFO) da maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicações.
Em comunicado divulgado na conta chinesa de serviço de mensagens WeChat do banco, o credor com sede em Londres disse que não participou da decisão do Departamento de Justiça dos EUA de investigar a Huawei.
A declaração do HSBC ocorre um dia após o jornal oficial do Diário da China publicar um relatório acusando o HSBC de ser cúmplice dos Estados Unidos e mentir sobre a Huawei, resultando na prisão de sua CFO Meng Wanzhou.
Meng foi presa em dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional de Vancouver por um mandado dos Estados Unidos.
Ela é acusada pelas autoridades americanas de fraude bancária por enganar o HSBC sobre o relacionamento da Huawei com uma empresa que opera no Irã, colocando o HSBC em risco de multas e penalidades por violar as sanções dos EUA a Teerã.
"O contexto do desenvolvimento do incidente da Huawei mostra claramente que a investigação da Huawei nos EUA não foi desencadeada pelo HSBC", disse o banco em seu post no WeChat, sem se referir diretamente ao relatório do People's Daily.
"O HSBC não tem má fé contra a Huawei, nem a incriminou", afirmou.
"Em resposta a pedidos de informações do Departamento de Justiça dos EUA, o HSBC apenas forneceu informações factuais. O HSBC não 'fabricou' provas ou fatos 'ocultos', nem distorcerá os fatos ou prejudicará qualquer cliente para nosso próprio benefício.", diz o comunicado.
O relatório do People's Daily na sexta-feira alegou que o HSBC estava ciente dos negócios da Huawei no Irã e vinha "estabelecendo armadilhas" para a empresa desde 2012.
Outras mídias chinesas, incluindo a China Global Television Network, fizeram alegações semelhantes contra o HSBC.
Meng está lutando contra a extradição para os Estados Unidos e disse que é inocente. Ela está em prisão domiciliar em Vancouver desde sua detenção.
(Reportagem de Gabriel Crossley)
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