Economia dos EUA deve ter sofrido contração histórica no 2º tri com Covid-19
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos provavelmente contraiu no segundo trimestre no ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão uma vez que a pandemia de Covid-19 destruiu os gastos dos consumidores e das empresas, potencialmente apagando mais de cinco anos de crescimento.
A maior parte das perdas históricas nos dados do Produto Interno Bruto a serem divulgados pelo Departamento do Comércio nesta quinta-feira aconteceu em abril, quando a atividade quase parou depois que restaurantes, bares e fábricas foram fechados em meados de março para conter a disseminação do coronavírus.
Embora a atividade tenha acelerado a partir de maio, o ímpeto diminuiu em meio a um ressurgimento de novos casos da doença, especialmente nas densamente povoadas regiões Sul e Oeste, onde autoridades estão fechando as empresas de novo ou dando uma pausa na reabertura. Isso reduziu as esperanças de uma forte recuperação do crescimento no terceiro trimestre.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu na quarta-feira a desaceleração na atividade. O banco central dos EUA manteve a taxa de juros perto de zero e prometeu continuar injetando dinheiro na economia.
O PIB provavelmente despencou 34,1% em taxa anualizada no trimestre passado, de acordo com pesquisa da Reuters junto a economistas. Esse seria o declínio mais acentuado da produção desde que os dados do governo começaram a ser registrados em 1947.
A queda do PIB seria mais do que o triplo do declínio recorde anterior de 10% no segundo trimestre de 1958. Em uma base não anualizada, o PIB deve ter caído 10,6%. A economia contraiu 5% no primeiro trimestre.
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