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Para Guedes, subindo mês a mês, Brasil está se recuperando em "V da Nike"

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência pública da comissão mista da reforma tributária - ADRIANO MACHADO
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência pública da comissão mista da reforma tributária Imagem: ADRIANO MACHADO

Da Reuters, em Brasília

05/08/2020 16h06

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quarta-feira que as indicações são de que o Brasil está se recuperando numa trajetória semelhante ao que chamou de "V da Nike".

"Não volta com a mesma velocidade que caiu, mas está subindo mês a mês", disse ele em audiência pública da comissão mista da reforma tributária.

"Do ponto de vista de economia, o que eu digo é que o ICMS está 3% ou 4% abaixo do primeiro semestre do ano passado. Ou seja, a recuperação está vindo com relativa força", pontuou.

O símbolo da Nike, no formato de uma asa estilizada, apontaria, na prática, para uma recuperação da economia mais lenta do que a representada pela letra V, que indica uma retomada célere, no mesmo ritmo da forte queda anterior.

O formato da aguardada recuperação tem sido tema de debate dentro e fora do governo, conforme indicadores de maio e junho apontam um desempenho mais favorável da economia após a paralisia nos dois meses anteriores, mas as incertezas em relação ao desenvolvimento da pandemia do coronavírus dificultam projeções sobre a atividade à frente.

Há duas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o país tem início de retomada econômica em "V", mas a tendência é que o ritmo suavize. [nE6N2BN00V]

Em relação ao tema ambiental, Guedes ressaltou nesta quarta-feira que o país tem que reduzir ainda mais o desmatamento, mas destacou que o Brasil tem a matriz energética mais limpa e foi um dos países que mais preservaram populações indígenas.

Guedes também afirmou ser preciso discutir a Amazônia com "visão futurística", e citou a discussão sobre como taxar o carbono e combustíveis fósseis como temas necessários "no devido tempo", quando o governo começar a discussão sobre impostos seletivos.

(Por Marcela Ayres)