Arthur Weintraub deixa cargo no Planalto para assumir posição na OEA
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O assessor especial da Presidência Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, deixou nesta terça-feira o cargo no governo federal para assumir uma posição na Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em um vídeo publicado nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Arthur anunciou a mudança e disse que está “triste por deixar de ser assessor do presidente”, mas acrescentou que vai assumir um cargo em sua área, o direito.
Professor de direito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Arthur e o irmão eram considerados especialistas na área previdenciária e trabalharam com Bolsonaro desde a campanha eleitoral.
Ambos começaram sua passagem pelo governo na Casa Civil com o então ministro da pasta Onyx Lorenzoni: Abraham como secretário-executivo e Arthur como assessor especial.
Arthur, como o irmão, é dado a polêmicas em redes sociais. É considerado um nome da ala ideológica do governo, amigo dos filhos de Bolsonaro.
Nos últimos meses, como assessor especial de Bolsonaro, Arthur havia se tornado o organizador da defesa do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, apesar da falta de comprovação científica de eficácia do medicamento. Foi o responsável por organizar dois encontros de Bolsonaro com grupos de médicos que defendem o tratamento.
Arthur voltará a ficar próximo do irmão, já que Abraham vive em Washington desde junho, quando foi indicado para uma diretoria do Banco Mundial depois de deixar o ministério por ser apontado como um dos principais pontos de conflito entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF).
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