BC do Japão apoia foco de novo premiê em empregos e sinaliza prontidão para afrouxar mais
Por Leika Kihara e Tetsushi Kajimoto
TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão vai monitorar não apenas as tendências de inflação, mas também o crescimento do emprego ao guiar a política monetária, disse seu presidente, Haruhiko Kuroda, sinalizando a prontidão do Banco do Japão para aumentar o estímulo se as perdas de emprego devido à crise do coronavírus aumentarem o risco de deflação.
Com o impacto imediato da pandemia diminuindo, o banco central manteve a política monetária nesta quinta-feira e melhorou sua visão sobre a economia para dizer que está começando a acelerar.
Mas Kuroda afirmou que o Banco do Japão vai trabalhar de perto com o governo do novo primeiro-ministro, Yoshihide Suga, para proteger a economia da pandemia, inclusive afrouxando mais a política monetária.
A declaração ecoa a de Suga, que foi oficialmente eleito premiê na quarta-feira, de que proteger os empregos é a principal prioridade de seu governo.
"Nosso principal objetivo é nossa meta de inflação. Mas obviamente também estamos nos esforçando para alcançar crescimento econômico saudável, incluindo condições de emprego", disse Kuroda em entrevista à imprensa.
"Só porque a inflação não está se mexendo muito não significa que não adotaremos medidas monetárias adicionais. Vamos, claro, considerar medidas adicionais de afrouxamento se fatores como emprego e demanda afetarem os movimentos de preços negativamente", disse ele.
As declarações de Kuroda também foram feitas depois da recente promessa do Federal Reserve de fazer mais para criar empregos e seu compromisso na quarta-feira de manter a taxa de juros perto de zero até que a inflação esteja a caminho de superar a meta de 2%.
"O que está mais preocupando do Banco de Japão deve ser a perspectiva de um afrouxamento prolongado pelo Fed, o que vai exercer pressão de baixa sobre o dólar, fazendo o iene subir", disse Masaki Kuwahara, economista sênior do Nomura Securities.
Como esperado, o Banco do Japão manteve a meta para a taxa de juros de curto de -0,1% e a promessa de limitar os rendimentos dos títulos de 10 anos em torno de zero.
O banco central também não fez alterações em seus esquemas de compra de ativos e empréstimo para aliviar o aperto no financiamento corporativo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.