Mercado piora novamente déficit primário projetado para 2020 e 2021, mostra Prisma
Economistas consultados pelo Ministério da Economia pioraram novamente suas contas para o rombo primário do país neste ano e no próximo, embora vejam números ligeiramente melhores que os apontados pelo governo, conforme Prisma Fiscal divulgado hoje.
Para este ano, os economistas agora veem um rombo primário de R$ 855,318 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) em meio aos vultosos gastos para enfrentamento à pandemia de coronavírus, conforme mediana das estimativas colhidas até o quinto dia útil deste mês. No Prisma de agosto, a cifra era de R$ 822,608 bilhões.
A leitura, contudo, é mais otimista que a do Ministério da Economia, que no início deste mês passou a prever um déficit primário de R$ 866,4 bilhões em 2020, já embutindo na conta a extensão do auxílio emergencial até o fim do ano.
Já para 2021, a expectativa agora é de déficit de R$ 226 bilhões de reais para o governo central em 2021, acima do rombo de R$ 213,882 bilhões visto antes.
Também neste caso o governo previu um déficit primário maior para o governo central, de R$ 233,6 bilhões, conforme apontado em seu projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano.
A meta em 2020 era de um déficit de R$ 124,1 bilhões, mas o governo não precisará cumpri-la em função do estado de calamidade pública pelo surto de Covid-19.
Ainda que tenha estipulado um valor no PLOA para o rombo do ano que vem, o governo pediu flexibilidade no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que a meta seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas. Se aprovado pelo Congresso, esse modelo tornará a meta móvel.
Num reflexo do forte desequilíbrio das contas públicas, a expectativa agora é que a dívida bruta sobre o Produto Interno Bruto (PIB) suba a 94,55% do PIB neste ano, acima do percentual de 94,30% visto antes, mostrou o Prisma. Para 2021, a expectativa piorou a 95,60% do PIB, contra 95,00% do PIB no relatório de agosto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.