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Temores de lockdown na Europa levam Bolsas europeias à pior queda em 3 meses

21/09/2020 14h05

Por Sruthi Shankar e Julien Ponthus

(Reuters) - As ações europeias registraram sua pior queda em três meses nesta segunda-feira devido a temores de uma segunda onda de infecções por Covid-19, o que atingiu ações de viagens e lazer, enquanto os bancos recuaram após reportagens denunciarem cerca de 2 trilhões de dólares em transferências suspeitas por grandes credores.

Pode haver até 50 mil novos casos de coronavírus por dia no Reino Unido até meados de outubro se a pandemia continuar no ritmo atual, alertou o principal assessor científico do país. No domingo, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse que um segundo lockdown nacional seria possível.

"Suspeitamos que as ações cairiam acentuadamente e indiscriminadamente, semelhante ao que aconteceu entre fevereiro e março ou em junho (...) se o aumento de novos casos na Europa minar seriamente a recuperação econômica global", disse Simona Gambarini, economista de mercados da Capital Economics.

O FTSE 100, de Londres, foi o índice mais afetado na Europa, caindo 3,4% em seu pior dia em mais de três meses.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 3,11%, a 1.385 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 3,24%, a 357 pontos, queda que não era vista desde início de junho.

O índice de viagens e lazer da Europa caiu 5,2%, enquanto os bancos europeus despencaram 5,7%, ficando perto de mínimas recordes depois que credores como HSBC e Standard Chartered foram citados em documentos vazados que mostraram transferências de grandes somas de fundos suspeitos nas últimas duas décadas.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 3,38%, a 5.804 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 4,37%, a 12.542 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 3,74%, a 4.792 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 3,75%, a 18.793 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 3,43%, a 6.692 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,22%, a 4.158 pontos.