Chanceler nega viés ideológico em relação com EUA, avalia ser possível achar soluções para setor sucroalcooleiro
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou nesta quinta-feira que haja um viés ideológico na relação do Brasil com os Estados Unidos e lembrou que a economia norte-americana é a maior do mundo.
Em audiência à Comissão de Relações Exteriores do Senado para explicar a visita e as declarações do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a instalações de acolhimento de imigrantes venezuelanos próximas à fronteira com o país, Araújo acrescentou, ainda, acreditar que é possível achar "soluções" para o setor sucroalcooleiro.
"Grande parte da nossa estratégia com os Estados Unidos e também da entrada para a OCDE --os Estados Unidos são uma condição necessária, embora não suficiente ainda, porque depende do acordo deles com os europeus sobre o sequenciamento dos novos membros, não depende do Brasil--, grande parte disso é para nos reposicionarmos nesse novo mapa econômico mundial de uma maneira melhor. Então, isso é totalmente em benefício de todos os brasileiros, não tem nada de ideológico, absolutamente nada de ideológico", disse o ministro a senadores.
"E os Estados Unidos, claro, como ainda a maior economia do mundo, têm uma centralidade nessa reorganização das cadeias globais que é fundamental", acrescentou o chanceler, lembrando ainda das parecerias com o país na área da defesa.
Araújo lembrou que as tratativas em curso no setor de álcool e açúcar trouxeram "cota adicional de 80 mil toneladas de açúcar e que seguramente vai trazer mais ao longo das negociações".
Na segunda-feira os Estados Unidos informaram que o Brasil terá uma cota preferencial adicional de 80 mil toneladas para exportar açúcar aos norte-americanos, como contrapartida a recentes negociações entre os dois países que envolveram a extensão de uma cota para importação pelo Brasil de etanol livre de taxa que beneficia os EUA.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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