Em operação contra desvios na Saúde, PF faz buscas em gabinete de Helder Barbalho
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira mais uma operação que apura desvio na contratação de recursos para o combate à epidemia do novo coronavírus no Pará e, entre os alvos está o governador do Estado, Helder Barbalho (MDB), cujo gabinete foi um dos alvos de busca e apreensão.
De acordo com a Polícia Federal, estão sendo cumpridos ao todo 76 mandados de prisão temporária e 278 de busca e apreensão. Entre os presos estão dois secretários de Estado e um assessor do governador, além de empresários. Os nomes ainda estão em sigilo.
A operação apura irregularidades na contratação pelo governo paraense de organizações sociais para gerir unidades hospitalares desde 2019. Este ano, com o início da epidemia, as mesmas entidades assumiram a instalação e a administração de hospitais de campanha. Os contratos chegariam a 1,2 bilhão de reais.
Na decisão em que autorizou a ação, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão afirma que a epidemia intensificou a atuação da organização criminosa e um decreto do governador autorizou a dispensa de licitação nesse período, facilitando o direcionamento dos contratos.
De acordo com o Ministério Público, Helder Barbalho "tratava previamente com empresários e com o então chefe da Casa Civil sobre assuntos relacionados aos procedimentos licitatórios que, supostamente, seriam loteados, direcionados, fraudados, superfaturados, praticando prévio ajuste de condutas com integrantes do esquema criminoso e, possivelmente, exercendo função de liderança na organização criminosa, com provável comando e controle da cadeia delitiva, dado que as decisões importantes acerca dos rumos da organização criminosa lhe pertenciam".
A Reuters entrou em contato com o governador e com o governo do Pará mas não teve resposta até o momento.
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