Assessores econômicos da Alemanha veem queda menor do PIB em 2020 e recuperação mais fraca em 2021
BERLIM (Reuters) - A economia alemã encolherá menos do que o inicialmente temido este ano, graças a uma recuperação surpreendentemente forte durante o período de junho a setembro, mas uma segunda onda da pandemia de Covid-19 está obscurecendo as perspectivas de crescimento para o próximo ano, disse o conselho de assessores econômicos do governo nesta quarta-feira.
"Ainda não superamos a crise do coronavírus", disse o chefe do conselho, Lars Feld, acrescentando que a recuperação econômica permaneceu frágil devido ao rápido aumento de novas infecções por coronavírus.
"Desdobramentos adicionais dependem de como a pandemia pode ser contida e de como outras economias no exterior vão se sair", disse Feld em referência à dependência relativamente grande da Alemanha por exportações.
O conselho agora vê a economia recuando 5,1% este ano, o que se traduz em uma queda ajustada pelo calendário de 5,5%. Em junho, a projeção era de queda de 6,5% (ou perda de 6,9% ajustada pelo calendário).
Isso significa que a devastação econômica causada pela pandemia pode ser menor do que o choque sofrido durante a crise financeira mundial, em 2009, quando a economia recuou 5,6%.
Para 2021, o conselho reduziu sua previsão de crescimento do PIB para 3,7%, ante estimativa anterior de 4,9%. Os assessores esperam que a produção econômica estagnará amplamente durante os meses de inverno devido a uma segunda onda de infecções e a novas medidas de lockdown.
(Por Michael Nienaber)
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