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Ibovespa perde fôlego e recua após renovar máximas desde março

18/11/2020 11h56

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, sem fôlego para se sustentar acima dos 107 mil pontos, em meio a realização de lucros, com bancos entre as maiores pressões de baixa, enquanto companhias aéreas figuravam na ponta positiva.

Às 11:47, o Ibovespa caía 0,72 %, a 106.476,19 pontos. O volume financeiro era de 7,8 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Na véspera, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subiu 077%, a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.

"Investidores seguem balanceando expectativas, colocando de um lado o otimismo com relação a uma vacina e do outro a cautela em torno da manutenção de uma situação sanitária delicada na Europa e nos Estados Unidos", afirmou a Guide Investimentos.

No exterior, a Pfizer comunicou que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.

A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e até 1,3 bilhão de doses em 2021.

Em Wall Street, os mini contratos futuros do S&P 500 e do Dow Jones subiam, em meio ao noticiário sobre a vacina, com as ações da Boeing também em destaque após obter aprovação nos Estados Unidos para retomar os voos de seu 737 MAX.

No Brasil, a B3 anunciou nesta quarta-feira que a partir de 2022 haverá pregão de negociação e liquidação regular na bolsa de valores em feriados municipais da cidade de São Paulo. Em 2021, nada muda, segundo calendário divulgado.

DESTAQUES

- BRADESCO PN caía 1,69%, em meio a uma correção nos papéis de bancos, após recuperação em novembro. ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,39%. No mês, ainda contabilizam elevação ao redor de 24% cada. BTG PACTUAL UNIT tinha declínio de 2,36X%.

- B2W ON recuava 1,65%, em sessão de queda do setor de ecommerce, seguido por MAGAZINE LUIZA ON, em baixa de 1,66% e de VIA VAREJO ON, cedendo 1,23%. Após forte valorização no setor com a disparada de vendas online em razão da pandemia, preocupações sobre o futuro do auxílio-emergencial têm alimentado realização de lucros.

- NATURA&CO ON perdia 3,07%, também refletindo ajustes após valorização relevante no mês, que ainda se situa ao redor de 5%.

- IGUATEMI ON caía 2,51%, com o setor de shopping centers ainda buscando se recuperar dos efeitos nocivos de medidas para evitar o aumento do contágio de Covid-19 no país, enquanto dados recentes sobre os casos no país voltam a provocar desconforto. MULTIPLAN ON recuava 2,47% e BRMALLS ON caía 0,72%.

- GOL PN valorizava-se 4,65%, em meio a esperança de recuperação de voos e tendo no radar que a autoridade de aviação civil dos Estados Unidos autorizou a retomada dos voos do Boeing 737 Max, usados pela companhia, embora a brasileira Anac ainda não tenha finalizado os ajustes finais para a volta do modelo no Brasil. No setor, AZUL PN subia 3,99%.

- BRF ON avançava 3,72%, em sessão de alta do setor de alimentos e proteínas na bolsa paulista, com JBS ON valorizando-se 3,21%, MARFRIG ON subindo 2,42% e MINERVA ON em alta de 2,04%.