Leitos de UTI na rede pública do Rio atingem limite com repique da Covid-19
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os leitos de terapia intensiva na rede pública municipal de saúde do Rio de Janeiro chegaram ao limite nesta terça-feira, de acordo com dados da prefeitura, em meio a um repique nos casos de Covid-19 na cidade diante da ampla flexibilização da quarentena.
Os 288 leitos de UTI na rede municipal estavam ocupados na manha desta terça, e ainda havia uma longa fila de espera por internações tanto em leitos de enfermaria como em unidades de terapia intensiva.
Prefeitura e governo do Estado anunciaram na semana passada que iriam ampliar a oferta de leitos, com quase de 500 novas unidades, a maioria de UTI, para diminuir a pressão sobre a rede pública.
O Rio tem registrado altas diárias nos casos e nos óbitos de Covid-19 nas últimas semanas, após um período de estabilidade em patamares mais baixos. Segundo especialistas, a alta decorre do maior número de pessoas nas ruas diante da ampla flexibilização da quarentena em vigor na cidade.
A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio, que inclui leitos federais, estaduais e municipais, tem um taxa de ocupação de 92% para leitos de UTI e 87% para leitos de enfermaria na capital fluminense.
A fila para internação de pacientes com a doença na cidade tem 388 pessoas (sendo 181 a espera de uma vaga em UTI), mas a prefeitura alega que as pessoas que aguardam leitos de UTI estão sendo assistidas em leitos com monitores e respiradores.
O Estado do Rio tem mais de 23 mil óbitos por Covid-19 e mais de 371 mil pessoas contaminadas na pandemia.
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