Maia avalia inserir gatilhos para teto de gastos no plano Mansueto
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira que avalia a inclusão de gatilhos para o teto de gastos em projeto que ficou conhecido na Casa como plano Mansueto.
Os gatilhos seriam definidos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. Mas o relator da PEC, senador Marcio Bittar (MDB-AC), anunciou o adiamento da apresentação de seu relatório para o ano que vem, alegando a complexidade do tema e a atual conjuntura do país, sem dar detalhes.
"Hoje já tive que me organizar, vendo a carta do senador Marcio Bittar, para que a gente coloque... no projeto Plano Mansueto", disse o presidente da Câmara.
"Eu não sei nem se e é constitucional ou não, mas não temos outra saída: colocar os gatilhos do teto de gastos, para que mesmo com todo o confronto político a gente priorize, mais uma vez na Câmara, a sociedade, votando os gatilhos dentro do plano que resolve o endividamento dos Estados, votando a liberação de dinheiro dos fundos, para que o sucessor do Mansueto administre melhor a dívida pública, liberando alguns bilhões dos fundos que ficam empossados", avaliou.
"E esperando, claro, que a gente construa alguma solução para a reforma tributária", acrescentou.
Segundo Maia, que criticou o novo adiamento da PEC Emergencial, o país ruma a um "abismo fiscal" no próximo ano caso não seja organizada uma transição orçamentária.
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