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Câmara aprova texto-base da LDO para 2021; votação no Senado ocorre hoje

O texto, que pode ser alterado por emendas, será votado mais tarde pelos senadores - Michel Jesus/ Divulgação Câmara dos Deputados
O texto, que pode ser alterado por emendas, será votado mais tarde pelos senadores Imagem: Michel Jesus/ Divulgação Câmara dos Deputados

Maria Carolina Marcello

Em Brasília

16/12/2020 12h50

A Câmara dos Deputados aprovou hoje o texto principal da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021.

O texto, que pode ser alterado por emendas a serem votadas em seguida, será votado mais tarde pelos senadores, em sessão prevista para as 16h.

O relator da proposta, senador Irajá (PSD-TO), apresentou ontem um substitutivo ao texto do Executivo em que apoia a meta fiscal fixa definida pela equipe econômica para o próximo ano, de déficit primário de R$ 247,118 bilhões para o governo central em 2021 — conta impactada pelo alto volume de despesas neste ano cujos pagamentos ficarão para o ano que vem.

Como a LDO define os parâmetros para o Orçamento do ano seguinte, e, pelas regras, deveria ter sido votada pelo Congresso até 17 de julho, a proposta é analisada nesta quarta-feira diretamente em sessões do Congresso Nacional — uma destinada a deputados e outra a senadores, em formato remoto por conta da pandemia do novo coronavírus.

Excepcionalmente, a LDO será debatida e votada sem ter passado antes pela CMO (Comissão Mista de Orçamento), uma vez que a instalação do colegiado acabou contaminada pelo impasse político envolvendo a disputa pela presidência da Câmara no próximo ano.

Com o atraso na análise da LDO, a expectativa é que o projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2021 seja apreciado apenas em 2021.

Até que seja aprovada, o governo terá de se valer da regra dos chamados duodécimos para executar as despesas públicas, em que a cada mês só pode ser executado um doze avos do Orçamento.

Segundo a agência Senado, o relator discordou da sugestão do governo de ampliar as possibilidades de gastos temporários com a previsão de execução de praticamente todas as programações.

No substitutivo, o relator restringiu a execução provisória às despesas correntes inadiáveis, como ocorre hoje.