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Petrobras busca vender fatias no gasoduto Bolívia-Brasil e na TSB

23/12/2020 08h47

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras iniciou processo para venda da totalidade de suas participações na TBG, empresa que opera o gasoduto Bolívia-Brasil, e na TSB, que tem dutos no Rio Grande do Sul e projeto para futura conexão à Argentina.

A operação faz parte de um amplo programa de desinvestimentos da companhia, que tem buscado otimizar sua carteira de ativos e focar os negócios em águas profundas e ultra-profundas, informou a Petrobras em comunicado nesta quarta-feira.

A estatal possui 51% da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e 25% da Transportadora Sulbrasileira de Gás.

Os interessados nos ativos poderão eventualmente comprar até uma fatia maior nas empresas em meio ao processo de desinvestimento, na qual a Petrobras será assessorada pelo Credit Suisse, segundo "teaser" divulgado pela companhia.

Essa possibilidade dependerá de eventuais acordos que podem ser fechados entre a Petrobras e os outros acionistas das empresas, segundo o documento, que destaca que "todos os participantes do processo competitivo serão oportunamente informados" sobre eventuais acertos nesse sentido.

Poderão participar do processo empresas tanto de capital aberto quanto fechado com patrimônio líquido contábil superior a 300 milhões de dólares, além de investidores financeiros com ativos sob gestão que somem no mínimo 1 bilhão de dólares.

O gasoduto Bolívia-Brasil tem capacidade instalada para transportar, ininterruptamente, até 30,1 milhões de m)/dia de gás natural e um adicional de 5,2 milhões de m³/dia no trecho em São Paulo, com 2.593 km de extensão no Brasil.

A Petrobras tem como sócias no ativo a boliviana YPFB, a francesa Total e a EIG Global Energy Partners.

A TSB opera dutos no Rio Grande do Sul com 50 km de extensão e possui ainda projeto de expansão com 565 km adicionais que permitiria conexão dos campos de produção na Argentina à região metropolitana de Porto Alegre e ao gasoduto da TBG. Além da Petrobras, são sócios a Total, a Repsol e a Ipiranga, com 25% cada.

(Por Luciano Costa; Edição de Pedro Fonseca)