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Refém da Covid-19, Amazonas recebe respiradores e oxigênio de Exército e Venezuela

16/01/2021 14h17

Por Bruno Kelly e Jamie McGeever

MANAUS/BRASÍLIA (Reuters) - O Amazonas recebeu mais suprimentos de emergência de oxigênio e respiradores neste sábado, enquanto os militares e a vizinha Venezuela tentavam aliviar uma crise humanitária causada pelo surto devastador da Covid-19.

O Exército também disse que levou 12 pacientes de hospitais da capital Manaus para São Luís, durante a noite, com hospitais em colapso, sem suprimentos de oxigênio e lotados de enfermarias de terapia intensiva.

Sepulturas coletivas foram cavadas em Manaus durante a primeira onda da pandemia no ano passado. Cenas terríveis estão surgindo novamente na segunda onda, de médicos e parentes ficando sem suprimentos e equipamentos tentando desesperadamente manter vivos os pacientes atingidos pelo vírus.

A Força Aérea do Brasil disse neste sábado que um segundo voo pousou em Manaus com oito tanques de oxigênio líquido, após uma entrega de emergência anterior de cinco tanques, e a Marinha disse em comunicado que está enviando 40 respiradores.

A Venezuela, por sua vez, disse que enviou o primeiro lote de suprimentos de oxigênio na viagem até o Amazonas, que deve chegar a Manaus no domingo.

O ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, disse que o governo venezuelano "fornecerá oxigênio durante a situação de emergência no estado do Amazonas".

O Brasil lida com uma segunda onda do vírus e uma nova variante do vírus, potencialmente mais contagiosa, que se originou no Amazonas.

O governo do presidente Jair Bolsonaro tem sido fortemente criticado por lidar com a crise e por não ter implementado um programa de vacinação, enquanto o número de mortos aumenta.