Chefe do FMI vê "alto grau de incerteza" no cenário global
WASHINGTON (Reuters) - A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta segunda-feira que as perspectivas econômicas globais permanecem altamente incertas devido à pandemia de coronavírus e que uma crescente divergência entre países ricos e pobres exige que o FMI encontre mais recursos.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que uma nova alocação da moeda do próprio Fundo, Direitos Especiais de Saque (SDRs, na sigla em inglês), ajudaria a dar aos países mais espaço fiscal para enfrentar a crise de saúde e acelerar o movimento para uma economia digital e verde.
Sob governo de Donald Trump, que está de saída da Casa Branca, os Estados Unidos, maior acionista do FMI, bloquearam tal movimento, argumentando que forneceria mais recursos a países mais ricos, uma vez que a alocação seria proporcional à sua participação acionária.
A ministra sueca das Finanças, Magdalena Andersson, nova presidente do comitê consultivo do FMI, disse a jornalistas que estava claro que a necessidade de liquidez continuava grande e que consultaria os países-membros sobre opções para expandir a liquidez.
Georgieva disse que o FMI aumentou rapidamente o financiamento com condições melhores para mercados emergentes e economias em desenvolvimento, inclusive por meio de doação de cerca de 20 bilhões de dólares em SDRs existentes, e que continuaria a desempenhar um papel importante. Mas ela ressalvou que medidas adicionais eram necessárias.
"Continuará a ser tão importante, ainda mais importante, sermos capazes de expandir nossa capacidade de apoiar países que ficaram para trás", disse Georgieva.
Ela observou que a possibilidade de realizar uma nova alocação de SDRs --algo semelhante a um banco central imprimindo dinheiro-- nunca foi retirada da mesa pelos membros do FMI e que alguns membros continuaram a discuti-la como possível ação.
(Reportagem de Andrea Shalal; reportagem adicional de Simon Johnson em Estocolmo)
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