Bolsonaro discute com presidente do Uruguai flexibilizar negociação de integrantes do Mercosul com outros países
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que conversou com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, sobre a possibilidade de flexibilizar negociações de integrantes do Mercosul com outros países fora do bloco.
Bolsonaro também previu a possibilidade de um encontro do Mercosul no final de março no Brasil.
"Conversamos sobre a possibilidade de flexibilizar para cada país os seus negócios com outros países, falamos um pouco de energia e infraestrutura também", disse Bolsonaro após encontro com o presidente uruguaio no Palácio do Planalto.
A intenção do Brasil de flexibilizar negociação de acordos comerciais conta com a simpatia do ministro da Economia, Paulo Guedes. A ideia é que acertos com outros países não precisariam necessariamente do aval de todos os membros do Mercosul e que houvesse margem para negociações paralelas.
Segundo o presidente, o encontro do Mercosul de março deverá ocorrer em Foz do Iguaçu, área de fronteira com Argentina e Paraguai, também integrantes do bloco.
Bolsonaro disse ainda que a visita de Lacalle Pou foi informal e destacou que o Uruguai é um "parceiro nosso" e importante para a integração do bloco comercial. Destacou terem sido tratados no encontro, do qual participaram ministros, temas como energia e infraestrutura.
Ao lado dos ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o presidente aproveitou sua fala para elogiar o trabalho do seu chanceler ao destacar que, no provável encontro do Mercosul, vai seguir a linha de atuação dada por ele.
"Obviamente da minha parte sempre seguindo aqui orientação do Ernesto Araújo que tem feito um brilhante trabalho de relações públicas com o mundo todo, como fez na questão da pandemia com a China", disse.
Na semana passada, o vice-presidente Hamilton Mourão disse Araújo poderia ser um dos integrantes do primeiro escalão que poderia deixar o governo em uma eventual reforma ministerial. Bolsonaro negou a saída de Araújo e ainda fez questão de dizer que cabe a ele a troca de ministros.
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