Confiança do consumidor dos EUA cai em fevereiro apesar de esperança de estímulo adicional
WASHINGTON (Reuters) - A confiança do consumidor norte-americano caiu inesperadamente no início de fevereiro, em meio a crescente pessimismo sobre a economia entre famílias com renda anual abaixo de 75 mil dólares, mesmo com o governo prestes a entregar outra rodada de ajuda para enfrentamento das consequências financeiras da Covid-19.
A Universidade de Michigan informou nesta sexta-feira que seu índice de confiança do consumidor caiu para 76,2 na primeira metade deste mês, ante leitura final de 79 em janeiro. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice mudaria pouco, indo a 80,8.
"Mais surpreendente foi a conclusão de que os consumidores, apesar da aprovação de um enorme projeto de lei de estímulo, viram as perspectivas para a economia nacional de forma menos favorável no início de fevereiro do que no mês passado", disse a Universidade de Michigan em comunicado.
O presidente Joe Biden propôs um pacote de recuperação de 1,9 trilhão de dólares, que está sendo analisado no Congresso dos EUA. O governo forneceu no final de dezembro quase 900 bilhões de dólares em ajuda adicional para combate aos efeitos econômicos da pandemia.
A medida da pesquisa sobre as condições econômicas atuais caiu para 86,2 neste mês, de 86,7 em janeiro. O indicador de expectativas do consumidor caiu para 69,8, de 74,0 em janeiro, queda puxada pelas famílias com renda abaixo de 75 mil dólares.
"As famílias com renda no terço inferior relataram retrocessos significativos em suas finanças atuais, com menos dessas famílias mencionando ganhos de renda recentes do que em qualquer momento desde 2014", disse a Universidade de Michigan.
Os consumidores também pareciam prever uma inflação mais alta no curto prazo. As expectativas de inflação de um ano colhidas pela pesquisa subiram de 3,0% para 3,3%. Mas a perspectiva de inflação de cinco anos permaneceu inalterada em 2,7%.
(Por Lucia Mutikani)
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