Economia do Reino Unido sofre contração recorde de 9,9% em 2020 após impacto da Covid-19
Por David Milliken e William Schomberg
LONDRES (Reuters) - A economia do Reino Unido devastada pelo coronavírus despencou 9,9% em 2020, maior contração anual da produção em mais de 300 anos, mas evitou cair de novo em recessão no final do ano passado e parece estar a caminho da recuperação em 2021.
Dados oficiais mostraram que o Produto Interno Bruto cresceu 1,0% entre outubro e dezembro, no topo da faixa das previsões por economistas em pesquisa da Reuters.
Isso torna provável que o Reino Unido escape de dois trimestres de contração --definição padrão de recessão na Europa-- mesmo que a economia encolha com força no início de 2021 devido aos efeitos de um terceiro lockdown.
"Quando as restrições forem aliviadas, continuamos a esperar uma recuperação vigorosa da economia", disse Dean Turner, economista do UBS Global Wealth Management.
A economia britânica cresceu 1,2% em dezembro apenas, após queda de 2,3% em novembro, quando havia lockdown parcial, deixando a produção 6,3% abaixo do nível de fevereiro, antes do início da pandemia, disse a Agência Nacional de Estatísticas.
Entretanto, o banco central britânico prevê que a economia vai encolher 4% nos três primeiros meses de 2021 devido a um novo lockdown e ao Brexit.
"Os dados de hoje mostram que a economia passou por um choque sério como resultado da pandemia, que tem sido sentida por países em todo o mundo", disse o ministro das Finanças, Rishi Sunak.
A contração da produção no ano passado foi a maior desde que os registros modernos oficiais começaram após a Segunda Guerra Mundial. Dados históricos de mais longo prazo do Banco da Inglaterra sugerem que foi a maior queda desde 1709.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso