Rússia mantém juros em 4,25% e retira menção a possíveis cortes futuros
MOSCOU (Reuters) - O banco central da Rússia manteve sua taxa de juros na mínima recorde de 4,25% nesta sexta-feira após salto recente da inflação, movimento que sugere que mais afrouxamento da política monetária pode estar fora de jogo devido à inflação elevada.
A decisão de manter os juros no mesmo nível desde julho de 2020 ficou em linha com pesquisa da Reuters que previa que a Rússia iria manter o custo dos empréstimos devido ao aumento nos preços do consumidor após depreciação do rublo.
"Riscos desinflacionários não prevalecem mais no horizonte de 2021", disse o banco em comunicado.
O banco central disse que agora vai "determinar o cronograma e ritmo de um retorno à política monetária neutra".
Ao tomar decisões sobre os juros no futuros, ele levará em conta tendências de movimentos econômicos e de preços, inflação e riscos apresentados pelas condições domésticas e externas e a reação dos mercados financeiros, completou.
O banco disse que a inflação, sua principal área de responsabilidade, corre o risco de superar a meta de 4% este ano porque as expectativas de inflação permanecem elevadas.
Juros mais baixos sustentam a economia através de empréstimos mais baratos, mas também podem alimentar a inflação e tornar o rublo mais vulnerável a choques externos.
O banco central começou a cortar os juros no início de 2020, quando a economia sofreu o impacto da queda nos preços do petróleo, principal exportação russa.
(Reportagem de Andrey Ostroukh, Gabrielle Tétrault-Farber, Elena Fabrichnaya, Alexander Marrow, Maria Kiselyova, Katya Golubkova)
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