IEA eleva previsão de demanda por petróleo com vacinas melhorando cenário
Por Noah Browning
LONDRES (Reuters) - A aplicação de vacinas para Covid-19 pelo mundo tem melhorado as perspectivas para a demanda global por petróleo, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, embora casos em alta em alguns importantes países consumidores mostrem que a recuperação pode ser frágil.
"Os fundamentos parecem decisivamente mais fortes" , disse a IEA em relatório mensal.
"O massivo excesso de estoques globais de petróleo acumulado durante o último choque de demanda causado pela Covid-19 no ano passado está sendo eliminado, campanhas de vacinação estão ganhando ritmo e a recuperação da economia global parece estar em melhor situação."
Citando casos crescentes na Europa, Brasil e Estados Unidos, no entanto, a agência com sede em Paris disse que segue preocupada com novas ondas do vírus que poderiam atrapalhar o progresso sendo feito.
Ainda assim, a IEA projetou que a demanda e a oferta global por petróleo devem se reequilibrar no segundo semestre e que produtores deverão então precisar bombear 2 milhões de barris por dia a mais para atender à demanda esperada.
A Opep e aliados incluindo a Rússia, conhecidos em conjunto como Opep+, provavelmente se mostrarão capazes de ajustar sua produção de acordo com a demanda, seja o vírus contido ou não, disse a IEA.
"A calibragem mensal da oferta do grupo pode dar a ele a flexibilidade de atender à demanda incremental aumentando rapidamente o bombeamento ou ajustando a produção para baixo caso a recuperação da demanda não consiga acompanhar o ritmo."
Segundo a IEA, os estoques comerciais de petróleo em países da OCDE caíram pelo sétimo mês consecutivo em fevereiro, sinalizando uma alta na demanda e maiores importações num futuro próximo.
Países menos desenvolvidos enfrentam um desafio maior para a recuperação da demanda após a queda gerada pela Covid-19, alertou a IEA, uma vez que diferenças entre países com acesso mais rápido às vacinas e aqueles que demorarão mais se tornarão mais pronunciadas.
"Alguns países emergentes com menor acesso estão em uma situação mais difícil, com prováveis novas ondas de Covid-19 desacelerando a atividade e a mobilidade", disse a IEA.
"A situação está se deteriorando acentuadamente em grandes consumidores de petróleo de fora da OCDE (Brasil, Irã e Índia)."
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