Sócio da Precisa Medicamentos alega quarentena para não depor à CPI da Covid
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, informou à CPI da Covid que não poderá prestar depoimento na quarta-feira à comissão, como estava previsto, porque está cumprindo quarentena em razão de ter voltado de uma viagem à Índia.
A informação foi prestada pela defesa de Maximiano à CPI nesta terça-feira, depois que o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação preliminar para avaliar se houve crime no contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para a compra da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin.
Em despacho determinando a apuração nas esferas criminal e cível, o MPF destacou que o contrato entre a Precisa, que representa no país o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, e o Ministério da Saúde para a entrega de 20 milhões de doses tem valor total de 1,6 bilhão de reais, "tendo sido a dose negociada por 15 dólares, preço superior ao da negociação de outras vacinas no mercado internacional, a exemplo da vacina da Pfizer".
Após ter sido comunicado da ausência do empresário, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), informou que aguarda a presença do representante da Precisa na CPI sob pena de Maximiano ser possivelmente alvo de uma condução coercitiva.
"Se o depoente não se fizer presente, a ausência será considerada injustificada, e serão adotados os mesmos procedimentos que a comissão adotou em relação ao sr. Carlos Wizard", informou a direção da CPI, citando o fato de que, na semana passada, o colegiado determinou medidas idênticas ao empresário Carlos Wizard, que não compareceu à comissão por estar em viagem aos EUA.
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