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Criação de vagas no setor privado dos EUA desacelera em julho, mostra ADP

04/08/2021 10h02

WASHINGTON (Reuters) - A criação de vagas de trabalho no setor privado dos Estados Unidos subiu bem menos do que o esperado em julho, provavelmente limitada pela escassez de trabalhadores e matérias-primas.

Foram criados 330 mil empregos no setor privado no mês passado, mostrou nesta quarta-feira o Relatório Nacional de Emprego da ADP. Os dados de junho foram revisados ligeiramente para baixo para mostrar geração de 680 mil vagas, em vez das 692 mil inicialmente relatadas.

Economistas consultados pela Reuters previam criação de 695 mil postos de trabalho.

Quase metade da população norte-americana está totalmente vacinada contra a Covid-19, impulsionando a demanda por trabalhadores conforme a população sai de casa. Mas novos casos do vírus estão surgindo em todo o país com a disseminação da variante Delta.

Empregadores estão lutando para encontrar trabalhadores dispostos para preencher o recorde de 9,2 milhões de vagas de emprego abertas, mesmo com 9,5 milhões de pessoas oficialmente desempregadas, um paralelo causado pela pandemia. A escassez de matérias-primas, principalmente no setor automotivo, está prejudicando a produção.

O relatório da ADP é desenvolvido em conjunto com a Moody's Analytics e foi divulgado antes dos dados do Departamento do Trabalho para julho, observados de perto e abrangentes sobre o emprego, que serão informados na sexta-feira. Mas ele tem um histórico ruim de previsão da criação de vagas no setor privado no relatório da agência de estatísticas de trabalho (BLS, na sigla em inglês), devido às diferenças de metodologia.

De acordo com pesquisa da Reuters com economistas, a criação de empregos no setor privado foi de provavelmente 750 mil postos de trabalho em julho, após abertura de 662 mil vagas em junho. A expectativa é de que as contratações do governo tenham aumentado em cerca de 130 mil, graças às contratações relacionadas à educação, o que levaria a um aumento geral de 880 mil postos de trabalho em julho. A economia criou 850 mil postos de trabalho em junho.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do Estado mudaram pouco entre meados de junho e meados de julho, quando o governo conduziu sua pesquisa para o relatório de emprego de julho. Mas o número de pessoas que continuaram recebendo benefícios após uma semana inicial de ajuda caiu consideravelmente entre esse período.

A criação de vagas relacionadas à educação normalmente cai em pelo menos 1 milhão no mês julho, antes do ajuste para as flutuações sazonais, conforme escolas e universidades fecham no verão do hemisfério norte. Este ano, no entanto, muitos alunos estão na escola de verão para recuperar o atraso após as interrupções causadas pela pandemia. Economistas preveem um pequeno declínio do emprego nesse setor, o que impulsionaria a criação de postos de trabalho sazonalmente ajustada na área da educação.

(Por Lucia Mutikani)