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1.288 auditores da Receita pedem exoneração e baixas começam a ser formalizadas

Insatisfeitos com remuneração, auditores fiscais da Receita pedem exoneração de 1.288 cargos de chefia, que começam a ser formalizadas - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Insatisfeitos com remuneração, auditores fiscais da Receita pedem exoneração de 1.288 cargos de chefia, que começam a ser formalizadas Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Bernardo Caram

12/01/2022 13h49Atualizada em 12/01/2022 14h13

O protesto de auditores fiscais da Receita Federal em busca de melhorias de remuneração já reúne 1.288 pedidos de entrega de cargos de chefia e as primeiras exonerações começaram a ser formalizadas, informou o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) nesta quarta-feira.

A categoria iniciou a entrega de cargos em dezembro como forma de pressionar o governo a ampliar recursos para a Receita e regulamentar o pagamento de bônus de produtividade. Atividades administrativas e programas de fiscalização em postos aduaneiros também foram reduzidos.

De acordo com o sindicato, o total de cargos comissionados no órgão é de aproximadamente dois mil. Portanto, cerca de 64% dos ocupantes das vagas de chefia pediram exoneração.

A formalização dos pedidos depende de autorização e publicação no Diário Oficial da União. Algumas solicitações começaram a ser oficializados nesta quarta-feira.

O ato na Receita é parte de um movimento de diversas categorias, que se mobilizaram em demonstração de descontentamento após o governo prometer reajustes salariais apenas a carreiras de policiais.

Outra categoria que iniciou processo de entrega de cargos e promete paralisar as atividades é a de servidores do Banco Central.

Na terça-feira, representantes dos servidores participaram de reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, mas não receberam sinalização de reajuste.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, informou que os servidores debaterão uma proposta de greve por tempo indeterminado se não houver proposta concreta.

O Ministério da Economia e o Banco Central não fizeram comentários sobre os movimentos.