Georgieva, do FMI, diz que Fed age com responsabilidade ao apertar política monetária
WASHINGTON (Reuters) - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta sexta-feira que não são apenas os banqueiros centrais que precisam combater a inflação, mas também outras autoridades que têm papel fundamental a desempenhar, inclusive por meio do aumento das vacinações para acabar com a pandemia de Covid-19.
Georgieva disse a um painel virtual do Fórum Econômico Mundial que o Federal Reserve dos Estados Unidos, que sinalizou que planeja começar a aumentar os juros, "está agindo com responsabilidade, porque a inflação nos EUA está se tornando uma preocupação econômica e social".
Georgieva disse que é importante que os bancos centrais sejam orientados por dados na resposta à inflação e comuniquem claramente qualquer aperto na política monetária, mas também é fundamental que outras autoridades ajam, especialmente ampliando os esforços para elevar as taxas de vacinação em todo o mundo.
"Em primeiro lugar, precisamos reconhecer a importância de combater a pandemia", disse ela, observando que 86 países não atingiram a meta de vacinar pelo menos 40% de sua população até o final de 2021.
Ela também acrescentou que a inflação é um fenômeno específico de alguns países, o que está tornando as respostas mais complicadas em 2022 do que em 2020, o primeiro ano da pandemia.
"Portanto, não podemos mais ter a mesma política (monetária) em todos os lugares. Tem que ser específica do país. E isso torna nosso trabalho muito mais complicado", disse.
Georgieva disse acreditar que o Fed está atento ao "delicado ato de equilíbrio entre combater a inflação, mas proteger a recuperação" e disse que o aperto da política monetária nos EUA pode causar problemas para países com altos níveis de dívida denominada em dólar e "jogar um balde d'água fria" na recuperação fraca de alguns países.
(Reportagem de David Lawder e Andrea Shalal)
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