Brasil reduz teto para despacho térmico com melhora em nível de hidrelétricas
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tomou nesta quarta-feira medidas para reduzir o custo de operação do sistema elétrico diante da recuperação dos reservatórios de usinas hidrelétricas, de acordo com nota do Ministério de Minas e Energia.
Entre as medidas, o CMSE estabeleceu limite para o despacho de termelétricas mais caras, que foram utilizadas em grande escala enquanto o país se recuperava da pior seca em mais de 90 anos nas áreas das hidrelétricas, principal fonte geradora do país.
O órgão decidiu que o valor teto para os despachos termelétricos e para importação de energia elétrica dos países vizinhos será reduzido de 1.000 reais/MWh para 600 reais/MWh.
Em nota, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou a relevância da redução do custo de operação do sistema em contexto de melhoria das condições hidroenergéticas. Ele lembrou que durante o período seco do ano passado chegou-se a utilizar recursos com Custo Variável Unitário (CVU) superior a 2.000 reais/MWh.
"Essa mudança na política operativa deverá se traduzir em redução dos custos percebidos pelos consumidores de energia elétrica", comentou.
O ministério observou que, com o plano de recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o volume do reservatório equivalente do sistema atingiu 49,4% ao final do mês de janeiro, 5,1 pontos percentuais acima do previsto.
Além disso, a importante usina hidrelétrica de Furnas atingiu a cota de 762,0 m, "permitindo pleno uso múltiplo das águas e o desenvolvimento do turismo na região".
O ministério disse que houve melhora da perspectiva de Energia Natural Afluente (ENA).
"No cenário menos conservador do estudo, o acréscimo de energia associado à melhoria do cenário hidrológico foi de cerca de 10 GWmed para o período de fevereiro a julho, em relação ao cenário apresentado na reunião do CMSE de janeiro", destacou.
O armazenamento dos reservatórios do sistema ao final de fevereiro deve se situar entre de 55,2% e 60,6%, acima dos 38,3% verificados ao final de fevereiro de 2021.
(Por Roberto Samora)
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