Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

IBC-Br indica estabilidade da economia no 4º tri e expansão de 4,5% em 2021

Sede do Banco Central, em Brasília - Por Camila Moreira
Sede do Banco Central, em Brasília Imagem: Por Camila Moreira

Camila Moreira

Reuters

11/02/2022 09h14

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A economia do Brasil ficou praticamente estagnada no quarto trimestre de 2021, mas ainda encerrou o ano passado com forte expansão sobre 2020, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, em um ano de recuperação do impacto da Covid-19, apesar da inflação alta e do aumento de juros no país.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 4,5% no ano passado, em números observados, depois de contração de 4,05% em 2020.

O Ministério da Economia prevê que o Produto Interno Bruto do Brasil tenha crescido a uma taxa superior a 5,0% em 2021, enquanto o BC estima uma alta de 4,4%.

Os números oficiais do PIB em 2021 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 4 de março. Em 2020, ano altamente impactado pela pandemia de coronavírus com o fechamento da economia, o PIB brasileiro registrou contração de 3,9%, segundo o IBGE.

O ano de 2021 terminou com alta de 0,33% do IBC-Br em dezembro, depois de crescimento de 0,51% em novembro e recuo de 0,07% em outubro contra setembro. Na comparação com dezembro de 2020, o IBC-Br subiu 1,3% no último mês do ano, de acordo com números observados.

Com isso, o índice fechou o quarto trimestre praticamente estagnado, com variação positiva de 0,01% sobre os três meses anteriores, em número dessazonalizado, após recuo de 0,02% entre julho e setembro. Ainda assim, a atividade sairia da recessão técnica --dois trimestres negativos seguidos-- vista no terceiro trimestre.

Dados recentes mostraram desempenhos positivos em dezembro. A produção industrial e o volume de serviços tiveram avanço acima do esperado em relação a novembro, respectivamente de 2,9% e 1,4%. As vendas varejistas caíram 0,1%, porém em um resultado melhor do que o projetado.

Mas o cenário para 2022 é de incertezas, com o ano tendo começado sob a ameaça da variante Ômicron do coronavírus, além da inflação elevada e juros mais altos, o que afeta o consumo. Em ano de eleições presidenciais, a cena fiscal também segue no radar.

"A perspectiva para a atividade econômica no ano corrente continua preocupante dados o estado do ciclo de aperto monetário promovido pelo BC, o aumento da preocupação quanto à inflação nos bancos centrais das economias desenvolvidas, questionamentos ao crescimento da economia mundial, além das incertezas inerentes ao ciclo eleitoral no Brasil", destacou o estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel, calculando crescimento do PIB em 2022 de 0,5%.