FRANKFURT (Reuters) - É cada vez mais provável que a inflação na zona do euro se estabilize em torno de 2%, mas o Banco Central Europeu deve estar pronto para mudar o curso se as perspectivas se deteriorem devido à guerra na Ucrânia, afirmou nesta quinta-feira o economista-chefe do BCE, Philip Lane.

Embora provavelmente a inflação vá superar 7% este mês, o BCE argumenta há tempos que ela deve voltar a ficar abaixo da meta de 2% nos próximos anos uma vez que os aumentos dos preços da energia não devem persistir.

"É também plausível que a inflação no médio prazo não reverta para o equilíbrio pré-pandemia abaixo da meta, mas, dependendo de uma política monetária apropriadamente calibrada, pode se estabilizar em torno da meta de 2% do BCE", disse Lane em discurso.

"Devemos também estar totalmente preparados para revisar de forma apropriada nosso arcabouço de política monetária se o choque dos preços de energia e a guerra entre Rússia e Ucrânia resultarem em uma deterioração significativa nas perspectivas macroeconômicas", completou Lane.

(Reportagem de Balazs Koranyi)