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Invasão russa à Ucrânia impediu maior alta de juros pelo Fed

6.abr.2022 - Armamentos militares deixados pelos russos são retirados de Chernihiv, no norte da Ucrânia - Reprodução/Facebook/MNS.GOV.UA
6.abr.2022 - Armamentos militares deixados pelos russos são retirados de Chernihiv, no norte da Ucrânia Imagem: Reprodução/Facebook/MNS.GOV.UA

Ann Saphir e Lindsay Dunsmuir

06/04/2022 16h29Atualizada em 06/04/2022 16h42

O banco central dos Estados Unidos provavelmente teria aumentado a taxa de juros em 0,50 ponto percentual no mês passado para desferir um golpe mais decisivo contra a inflação em disparada nos EUA, mas foi impedido pela invasão russa à Ucrânia, mostrou a ata da reunião de março do Federal Reserve divulgada nesta quarta-feira.

"Muitos participantes observaram que... eles teriam preferido um aumento de 50 pontos-base na faixa-meta para as 'federal funds' (juro) nesta reunião", apontou a ata. "À luz da maior incerteza de curto prazo associada à invasão da Ucrânia pela Rússia, eles julgaram que uma elevação de 25 pontos-base seria apropriada nesta reunião."

Moscou lançou sua invasão em larga escala à Ucrânia em 24 de fevereiro, dias depois de vários formuladores de política monetária do Fed terem se mostrado abertos a um ajuste de 0,50 ponto percentual na reunião de março.

Uma semana depois, Powell, em audiência perante o Congresso norte-americano, se referiu à guerra como uma "mudança de jogo" e revelou que apoiaria um movimento menor, de 25 pontos-base, efetivamente sinalizando a decisão do banco central com antecedência e entregando certo grau de certeza em relação à política monetária mesmo enquanto os mercados financeiros permaneciam nervosos sobre a guerra.

A ata mostrou que a opinião de Powell sobre uma elevação menor dos juros foi amplamente compartilhada por seus colegas, que decidiram aumentar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizaram que continuariam a subir a taxa básica ao longo do ano e em 2023.

O Fed subiu a taxa básica em 0,50 ponto percentual pela última vez em 1995.