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Analistas veem menos espaço para corte de juros na China após redução "conservadora" do compulsório

18/04/2022 08h57

XANGAI (Reuters) - O fato de o corte da taxa de compulsório dos bancos chineses ter sido pequeno pode refletir preocupações do banco central chinês com a inflação e o aperto monetário nos Estados Unidos, o que torna menos provável mais reduções de juros, disseram analistas.

O Banco do Povo da China anunciou na sexta-feira corte de 0,25 ponto percentual na taxa de compulsório dos bancos a partir de 25 de abril, liberando 530 bilhões de iuanes (83,16 bilhões de dólares) em liquidez no longo prazo. O banco central disse que a medida ajudará os bancos a dar suporte a indústrias e empresas afetadas pela Covid-19.

Embora o corte tenha sido esperado, ele foi menor do que a redução normal de 0,50 ou 1 ponto, e aconteceu depois que o banco central deixou inalterada sua taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo.

Analistas do Goldman Sachs identificaram o que "parecem ser as principais considerações por trás desse movimento mais conservador".

O banco central parece estar preocupado com os efeitos de contágio conforme outros países elevam os juros, escreveram eles. Outros analistas apontaram para um efeito especificamente: saída de capital da China, o que um corte de juros no país iria exacerbar.

Além disso, segundo o Goldman Sachs, o banco central parece temer que cortes de juros não tenham muito efeito sobre uma economia em que a demanda por crédito está fraca e o cenário para a inflação é incerto.

Como tais preocupações não devem diminuir em breve, os analistas não esperam mais um corte da taxa de juros ou mais cortes de compulsórios. Eles acrescentaram que uma redução na quarta-feira da taxa de empréstimo primária, referencial para empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, é improvável.

Analistas do Citi disseram que um pequeno corte de 0,05 ponto percentual na taxa primária de empréstimo de um ano em 20 de abril ainda é possível, mas que as autoridades vão priorizar a expansão do crédito em vez de reduções dos juros.

(Reportagem de Andrew Galbraith)