Evans, do Fed, vê juro em 2,25%-2,50% ao fim do ano, com possibilidade de altas adicionais
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse nesta terça-feira que o Fed pode aumentar a faixa-alvo dos juros para 2,25%-2,50% até o final deste ano e depois fazer um balanço do estado da economia, mas, se a inflação continuar alta, deverá ter que aumentar ainda mais os custos dos empréstimos.
"Provavelmente vamos além da neutralidade —quero dizer, essa é a minha expectativa", disse Evans no Clube Econômico de Nova York. A maioria dos formuladores de política monetária do Fed estima que o juro neutro esteja entre numa faixa entre 2,25% e 2,50%.
Evans notou alguns avanços "positivos" no mais recente relatório de inflação dos Estados Unidos, que, embora tenha mostrado que os preços ao consumidor subiram 8,5% nos 12 meses até março, também indicou desaceleração no avanço dos custos de alguns bens, inclusive de carros usados. Se isso continuar, pode ajudar a reduzir a inflação mais ampla.
No entanto, acrescentou Evans, os dados também podem ir para o outro lado, com a invasão da Ucrânia pela Rússia e os lockdowns da Covid-19 em Xangai somando-se a problemas na cadeia de abastecimento que estão alimentando a inflação.
"Se a inflação por algum motivo começar a acelerar novamente, isso seria motivo de grande preocupação", disse ele.
O Fed se reúne em maio e é amplamente esperado que eleve os juros em 0,5 ponto percentual nesse encontro e novamente em junho, antes de talvez voltar a adotar aumentos de 0,25 ponto pelo resto do ano, ritmo que levaria sua taxa básica ao intervalo neutro estimado por Evans até dezembro.
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