Natura projeta recuo de 13% na receita e recuo de margem no 1º tri
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de cosméticos Natura&Co divulgou na quinta-feira à noite expectativa de queda de até 13,3% na receita líquida do primeiro trimestre de 2022, impactada pelas contínuas pressões de custos.
A empresa publicou números preliminares e não auditados após tombo da ação na última sessão, diante de rumores de vazamento de informações.
A Natura projeta receita líquida entre 8,20 bilhões e 8,25 bilhões de reais para o trimestre, uma queda de 12,7% a 13,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo fato relevante. A margem Ebitda ajustada deve ficar entre 7,0% e 7,3% em relação ao 10,2% no primeiro trimestre de 2021, disse a empresa.
Às 10h55, as ações da empresa subiam 0,4%, perdendo boa parte da alta de mais cedo, quando chegou a avançar mais de 2%. O Ibovespa mostrava retração de 1,6%.
A companhia afirmou que continua enfrentando pressões de custo "como resultado do aumento da inflação e dos preços mais altos das commodities".
Em relatório divulgado quarta-feira após o fechamento do mercado, os analistas da XP Investimentos Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt projetaram uma queda de 14,5% em comparação anual na receita líquida consolidada da Natura no primeiro trimestre, com margem Ebitda ajustada de 6,5% e um prejuízo líquido de 222 milhões de reais.
A Natura divulgou números preliminares na sequência de uma queda de 15,6% de suas ações ordinárias na quarta-feira, a maior baixa do papel desde meados de novembro, em meio a rumores de mercado de que a empresa reportaria números fracos para o trimestre.
"O faturamento reportado pela companhia ficou em linha com o que esperávamos, no entanto, a margem Ebitda ficou entre 1,2 e 1,5 ponto percentual mais pressionada em relação a nossas estimativas", escreveram analistas da Ativa Investimentos.
A Natura disse que a área de relações com investidores da empresa realizou na quarta-feira "reuniões com analistas de mercado, visando prestar esclarecimentos e informações de forma a auxiliar tais analistas a entender os negócios e as perspectivas da companhia".
Entre as unidades de negócios, a Natura disse que segue vendo "progresso sequencial" na Avon Brasil desde o início do quarto trimestre do ano passado, "embora experimentando queda na receita líquida em comparação com o primeiro trimestre de 2021". Já a marca Natura teve melhora de receitas no trimestre no país, a qual a companhia atribuiu a um portfólio de produtos mais alinhado com as tendências do mercado.
No exterior, a Natura afirmou que as operações da Avon International na Europa Central e Oriental foram impactadas pela guerra na Ucrânia no primeiro trimestre, mas cita "melhoras importantes em alguns KPIs (indicadores-chave)" e "margens em linha com o mesmo período de 2021". A margem Ebitda ajustada da Avon International entre janeiro e março de 2021 foi de 4,1%.
A Natura também mencionou queda de vendas da The Body Shop, principalmente na Europa, e manutenção de bons resultados na Aesop, especialmente na Ásia e na América do Norte.
(Por Peter Frontini e Andre Romani)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.