Mourão chama de "liberdade de expressão" manifestações que pedem fechamento do STF e volta da ditadura
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente Hamilton Mourão classificou nesta segunda-feira de manhã como "liberdade de expressão" manifestações de domingo que pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a volta da ditadura no país.
"Isso é liberdade de expressão. Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria do povo não quer", disse Mourão, na entrada do prédio da Vice-Presidência em Brasília, após ser questionado por um repórter.
O vice chamou ainda de "normal" essas manifestações.
O pedido de fechamento do Supremo --repetido por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em atos no domingo, 1º de maio, Dia do Trabalho-- é inconstitucional. Práticas de financiamento de atos antidemocráticos passaram a ser alvo de investigação do próprio STF.
No próprio domingo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que manifestações "ilegítimas e antidemocráticas" que pedem intervenção militar e fechamento do STF são "anomalias graves que não cabem em tempo algum".
"Manifestações populares são expressão da vitalidade da democracia. Um direito sagrado, que não pode ser frustrado, agrade ou não as instituições. O 1º de maio sempre foi marcado por posições e reivindicações dos trabalhadores brasileiros", afirmou ele, no Twitter.
"Isso serve ao Congresso, para a sua melhor reflexão e tomada de decisões. Mas manifestações ilegítimas e antidemocráticas, como as de intervenção militar e fechamento do STF, além de pretenderem ofuscar a essência da data, são anomalias graves que não cabem em tempo algum", destacou.
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