Foxconn vê desafios à frente por causa de lockdown e inflação na China
Por Yimou Lee e Sarah Wu
TAIPÉ (Reuters) - A Foxconn, fornecedora da Apple, alertou que a receita do trimestre atual para seus negócios de eletrônicos, incluindo smartphones, pode cair dada a desaceleração do crescimento econômico em meio ao aumento da inflação, o que esfria a demanda e aumenta os problemas da cadeia de suprimentos.
Embora a empresa tenha reiterado que as restrições contra a Covid-19 na China tiveram um impacto limitado em sua produção, pois a companhia manteve os trabalhadores em um sistema de "circuito fechado", a demanda por seus produtos no país diminuiu enquanto parte da população permanece em lockdown.
As previsões reforçam a urgência da Foxconn em reduzir sua dependência de smartphones e eletrônicos de consumo, que representam pouco mais da metade de sua receita total, e diversificar em áreas como a fabricação de veículos elétricos, que considera um negócio de 34 bilhões de dólares até 2025.
A empresa espera que a receita total fique estável no trimestre atual e no ano inteiro. O presidente da Foxconn, Liu Young-way, não forneceu uma perspectiva numérica, mas projetou um forte crescimento para os outros negócios, como de componentes, produtos de computação e produtos de nuvem e rede.
No primeiro trimestre encerrado em março, a receita da Foxconn cresceu 4%. O lucro líquido avançou 5%, para 29,45 bilhões de dólares taiwaneses (985,48 milhões de dólares), praticamente em linha com uma estimativa de 29,76 bilhões de dólares taiwaneses, segundo analistas consultados pela Refinitiv.
Em automóveis, a Foxconn disse que desenvolverá novos veículos com a fabricante de veículos elétricos dos Estados Unidos Lordstown. Na quarta-feira, a empresa de Taiwan disse que concluiu um acordo para comprar uma fábrica da Lordstown no Estado norte-americano de Ohio por 230 milhões de dólares.
As ações da Foxconn fecharam em queda de 1% antes da divulgação dos resultados.
(Por Yimou Lee e Sarah Wu; reportagem adicional de Ben Blanchard)
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