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Indicador de Emprego do Brasil renova máxima desde dezembro, diz FGV

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,4 ponto em maio, a 80,9 pontos, nível mais alto desde o fim de 2021 (81,8) - Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,4 ponto em maio, a 80,9 pontos, nível mais alto desde o fim de 2021 (81,8) Imagem: Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo

Luana Maria Benedito

07/06/2022 08h20Atualizada em 07/06/2022 08h28

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Brasil renovou no mês passado um pico desde dezembro, refletindo a melhora no quadro sanitário e aquecimento da atividade econômica, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,4 ponto em maio, a 80,9 pontos, nível mais alto desde o fim de 2021 (81,8). Em abril, o indicador também havia tocado a máxima desde dezembro passado.

Segundo a FGV, cinco dos sete componentes do IAEmp impactaram positivamente o resultado de maio, com destaque para os indicadores de Situação Atual dos Negócios e Tendência dos Negócios da indústria, que contribuíram com 0,9 e 0,5 ponto, respectivamente, para a alta geral.

Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, disse que "a segunda alta consecutiva do IAEmp sugere um cenário mais favorável para o mercado de trabalho na virada para o segundo trimestre", acrescentando que a melhora do quadro sanitário nacional e um aquecimento da atividade econômica parecem ter contribuído para a melhora do indicador.

No entanto, "ainda é preciso cautela, dado que o indicador se mantém em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta considerando que a atividade econômica segue com projeção baixa para o ano de 2022 devido a elevada inflação e política monetária mais restritiva", alertou o especialista.

Dados do IBGE divulgados na semana passada mostraram que a taxa de desemprego no Brasil atingiu o nível mais baixo desde o começo de 2016 no trimestre até abril, de 10,5%, num resultado melhor que o esperado diante de um nível recorde da população ocupada.