Vendas no varejo dos EUA têm queda inesperada em maio
WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram inesperadamente em maio, quando as compras de veículos a motor diminuíram em meio à escassez e os preços recordes da gasolina impedira gastos em outros bens.
As vendas no varejo caíram 0,3% no mês passado, disse o Departamento de Comércio nesta quarta-feira. Os dados de abril foram revisados para mostrar aumento das vendas de 0,7% ao invés de 0,9% como relatado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam alta das vendas no varejo de 0,2%, com estimativas variando de um declínio de 1,1% a um aumento de 0,5%.
O preço médio nacional da gasolina saltou para um recorde histórico de 4,439 dólares por galão em maio, de acordo com dados da Administração de Informação de Energia dos EUA.
O declínio nas vendas no varejo também refletiu uma rotação gradual dos gastos de bens para serviços. As vendas no varejo são na maioria de bens, e não são ajustadas pela inflação. Os bares e restaurantes são a única categoria de serviços no relatório.
Os preços anuais ao consumidor tiveram o maior aumento em quase 40 anos e meio em maio. Com a inflação corroendo os ganhos salariais, os consumidores estão se voltando para a poupança, acumulada durante a pandemia de Covid-19, e assumindo dívidas para manter os gastos.
As vendas no varejo devem permanecer fracas uma vez que o Federal Reserve aperta agressivamente a política monetária para esfriar a demanda e reduzir a inflação de volta à sua meta de 2%
O banco central dos EUA deve aumentar sua taxa de juros nesta quarta-feira pela terceira vez este ano, com um aumento de 0,75 ponto percentual visto como provável.
Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas no varejo permaneceram inalteradas em maio.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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