Ibovespa fecha em alta com NY e commodities, mas acumula 4ª semana de queda
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa teve uma sessão mais positiva nesta sexta-feira, apoiada por ganhos em Wall Street e alta de preços de commodities, mas o movimento foi insuficiente para evitar a quarta queda semanal seguida, tampouco recuperar o patamar dos 100 mil pontos.
Preocupações persistentes com o risco de uma recessão global, principalmente nos Estados Unidos, continuaram pressionando os negócios, enquanto no Brasil seguem afetando o humor dos investidores turbulências políticas e receios sobre o quadro fiscal.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,6%, a 98.672,26 pontos. O volume financeiro somou 22 bilhões de reais. Na semana, acumulou queda de 1,16%, ampliando a perda em junho para 11,4%.
No exterior, nesta sexta-feira, o S&P 500 avançou 3%, com agentes buscando na desaceleração do crescimento econômico e no alívio recente em preços de commodities motivos para moderar expectativas sobre o aumento de juros nos EUA.
Na visão do superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, o mercado vinha se ajustando ao cenário de recessão e agora, dependendo do plano de ação para reverter ou atenuar o movimento, os ativos podem mostrar uma melhora.
"A recessão global já é fato, agora virão as medidas para acudir e não deixar piorar a recessão", afirmou. "Mas não está nada resolvido", ponderou.
DESTAQUES
- VALE ON avançou 2,78%, reagindo após duas quedas seguidas, período em que acumulou perda de quase 4,5%. Os papéis acompanharam a recuperação dos preços do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON e GERDAU PN foram destaque entre as ações do Ibovespa, com altas de 5,18% e 3,95%, respectivamente.
- GOL PN avançou 6,71%, em sessão com encontro da empresa com analistas e investidores. Entre outros pontos, o Bradesco BBI destacou em relatório que a receita líquida em 2022 deve ficar 10% acima da previsão anterior para refletir tarifas aéreas mais altas, compensando o aumento dos preços de combustíveis. No setor, AZUL PN avançou 4,69%.
- SUZANO ON valorizou-se 4,87%, após novo aumento no preço da celulose vendida pela companhia. O reajuste foi de 20 dólares por tonelada para a Ásia, 30 dólares para Europa e 40 dólares para a América do Norte.
- PETROBRAS PN fechou com decréscimo de 0,76%, apesar da alta do preço do petróleo, com agentes financeiros na expectativa da decisão de comitê da companhia sobre se Caio Paes de Andrade ocupará a presidência da estatal. No setor, PETRORIO ON subiu 5,18% e 3R PETROLEUM ON valorizou-se 4,24%.
- CVC BRASIL ON caiu 4,17%, a 8,51 reais, após a operadora de viagens levantar 402,8 milhões de reais em uma oferta de ações ao preço de 7,70 reais por papel. A companhia usará o valor arrecadado para reforçar seu capital de giro e pagar debenturistas. Na mínima da sessão, chegou a ser negociada a 7,86 reais.
- PETZ ON recuou 5,54%, com varejistas novamente na ponta negativa do Ibovespa. Na sequência, com o segundo pior desempenho do índice, GRUPO SOMA ON perdeu 4,87%.
- ESPAÇOLASER ON ESPA3.SA, que não faz parte do Ibovespa, teve nova sessão de alta expressiva após disparar cerca de 10% na véspera antes de anúncio de troca no comando da companhia de procedimentos estéticos. Nesta sexta-feira, o papel fechou com salto de 9,2%, a 2,84 reais.
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