Exploração e produção de óleo deve atrair R$102 bi/ano ao Brasil até 2025, diz estudo
(Reuters) - O setor de óleo e gás no Brasil deve atrair anualmente cerca de 102 bilhões de reais em investimentos até 2025, mostra estudo publicado nesta terça-feira pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), considerando apenas as fases de exploração e produção (E&P).
O volume, segundo a entidade, representa uma curva "ligeiramente mais acentuada" de retomada do setor em relação à queda média verificada entre 2018 e 2021, em função da pandemia do coronavírus, que reduziu drasticamente a demanda de petróleo e derivados em escala global e, consequentemente, os investimentos.
"Nós estávamos num vale (de investimentos), por causa da pandemia. Estamos saindo só agora", disse Telmo Ghiorzi, secretário-executivo da Abespetro.
Dados de investimentos da Petrobras, a maior petroleira do país, acompanham essa projeção de recuperação. Segundo a empresa, o investimento anual médio entre 2017 e 2021 foi de 9,05 bilhões de dólares, considerando-se valores nominais.
Deste ano até 2026, a Petrobras projeta investir, pelo seu plano estratégico, um total de 57,3 bilhões de dólares, já considerando os desinvestimentos --média de 11,5 bilhões de dólares por ano, na área de exploração e produção.
"A Petrobras tem 93% da operação brasileira. Mas a fatia dela, sobre o total de investimentos no país, é mais ou menos 75%", explicou Ghiorzi.
Segundo Ghiorzi, embora ainda tenha grande peso no setor, o fato de a Petrobras desinvestir alguns campos gera investimentos no setor por parte de outras petroleiras que assumem os negócios.
Considerando todas essas projeções de investimentos, a associação projeta uma geração média anual de 525 mil empregos, sendo para este ano e para o próximo projetadas 340 mil e 315 mil vagas, respectivamente --ainda sob o efeito da pandemia-- e saltando para 609 mil em 2024 e 837 mil em 2025.
No relatório, a Abespetro defende que haja uma aceleração imediata do calendário de leilões da agência reguladora da ANP, com a oferta de blocos atrativos e contratos mais competitivos, com a redução, por exemplo, de pagamentos bônus pelas vencedoras.
"O que gera mais empregos e arrecadação é a exploração de petróleo. Não é o bônus de contratação", disse Ghiorzi.
Isso, diz a entidade, proporcionaria um aproveitamento mais efetivo das riquezas do pré-sal e de novas fronteiras, como a Margem Equatorial.
A nova região exploratória, que sobe do litoral do Rio Grande do Norte até o Amapá, deve receber 38% do total de 5,5 bilhões de capex projetado pela Petrobras para exploração de óleo entre 2022 e 2026, segundo o plano estratégico da empresa para o período.
(Por Rafaella Barros; edição de Roberto Samora)
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