Zona do euro vai recuperar metade dos gastos com consequências da guerra, diz BCE
FRANKFURT (Reuters) - Os países da zona do euro estão gastando mais do que receberão para amortecer o impacto econômico da guerra na Ucrânia por meio de subsídios a combustíveis e outras medidas de apoio, disse o Banco Central Europeu (BCE) nesta terça-feira, pedindo aos governos que usem seu dinheiro com mais eficiência.
Os 19 países que compartilham o euro aprovaram medidas de apoio no valor de 0,9% de seu Produto Interno Bruto (PIB), predominantemente em medidas para compensar um aumento nos preços de combustíveis.
Mas isso só deve aumentar o crescimento do PIB da área do euro em cerca de 0,4 ponto percentual este ano e reduzir a inflação um pouco menos do que isso, principalmente por meio de preços mais baixos de energia, disse o BCE.
No estudo, que serviu de base para as projeções econômicas do BCE para 2022 a 2024, o banco estimou que o impacto no crescimento diminuirá no próximo ano.
Ao longo do período de 2022 a 2024, as medidas de estímulo aprovadas em resposta à guerra devem acrescentar um pouco menos de 0,4 ponto ao crescimento e reduzir a inflação em pouco mais de 0,1 ponto, disse o BCE.
O banco também descobriu que metade do estímulo fiscal visava apoiar o consumo de combustível fóssil de curto prazo, enquanto apenas uma parte mínima contribuiu diretamente para a transição para fontes de energia limpa.
"Olhando para o futuro... devem ser feitos esforços para direcionar cada vez mais medidas compensatórias relacionadas à energia para as famílias mais vulneráveis", disse o BCE.
"Além disso, os incentivos devem ser orientados para reduzir o uso de combustíveis fósseis e a dependência da energia russa, mantendo as finanças públicas sólidas."
(Reportagem de Francesco Canepa)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso