Farmacêutica Novartis vai cindir negócio de genéricos Sandoz
Por Natalie Grover
ZURIQUE/LONDRES (Reuters) - A Novartis planeja desmembrar sua unidade de genéricos de baixo custo Sandoz do restante do grupo para focar em medicamentos de prescrição patenteados, disse o grupo suíço nesta quinta-feira.
A empresa iniciou uma revisão estratégica da Sandoz em outubro passado - examinando uma série de opções, incluindo manter o negócio, cisão ou venda - após um período prolongado de fraco desempenho, impulsionado em grande parte pelas crescentes pressões de preços no setor de medicamentos genéricos.
Além de algum interesse preliminar, a Novartis não recebeu nenhuma oferta formal vinculante de compra da Sandoz até agora - mas se surgir alguma oferta "altamente atraente" a Novartis as considerará totalmente, disse o presidente-executivo Vas Narasimhan em uma teleconferência com analistas.
No entanto, "acreditamos que um spin-off é de longe a maneira mais provável e melhor de separar essas duas empresas", disse ele.
A Sandoz - que gerou quase 10 bilhões de dólares em vendas no ano passado vendendo genéricos e biossimilares (versões baratas de medicamentos biológicos feitos de organismos vivos) - emergirá como a principal empresa de genéricos da Europa, de acordo com a Novartis.
Espera-se que a Sandoz independente esteja sediada no país de origem e listada na Bolsa de Valores da Suíça, com um programa de recibo de depósito de ações nos Estados Unidos. Richard Saynor permanecerá como presidente-executivo.
A transação, que deverá ser neutra em termos fiscais para a Novartis, deve ser concluída no segundo semestre do próximo ano, sujeita às condições de mercado, decisões fiscais e pareceres, endosso final do conselho e aprovações dos acionistas, disse a Novartis.
A Novartis vem reduzindo seus interesses comerciais. O grupo desmembrou seu negócio de cuidados com os olhos Alcon em 2019 e em novembro acertou a venda de participação com direito a voto de quase um terço da Roche.
A empresa tentou alienar parte da Sandoz em 2018, mas um acordo de 900 milhões de dólares com a indiana Aurobindo Pharma violou as regras antitruste.
Agora, Narasimhan pretende desmembrar toda a divisão, que respondeu por cerca de um quinto das vendas de 51,6 bilhões de dólares da Novartis no ano passado.
A Novartis também está implementando um programa de reestruturação que envolve o corte de até 8 mil empregos, ou cerca de 7,4% de sua força de trabalho globalmente.
(Por Silke Koltrowitz e Natalie Grover)
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